Sete árvores com mais de 80 metros no Amapá podem virar patrimônio natural, diz MP
05/08/2025
(Foto: Reprodução) Viagem mostra do alto a dimensão das árvores gigantes da Amazônia, no Amapá
Sete árvores gigantes localizadas em áreas de risco no Amapá podem ser reconhecidas como patrimônio natural. A proposta foi feita pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP) e recebeu parecer favorável da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
As espécies têm mais de 80 metros de altura e são estudadas pelo projeto científico Árvores Gigantes, desenvolvido por universidades e instituições de pesquisa.
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As árvores estão distribuídas em três regiões: Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru, Floresta Nacional do Amapá e assentamentos na área de Maracá-Camaipi.
Uma delas, o Angelim Vermelho, está em área de concessão florestal. Outras quatro ficam no Cupixi, próximas a áreas de garimpo.
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Arte g1
A recomendação do MP-AP considera os riscos de degradação ambiental e se baseia em leis federais e estaduais de proteção à natureza.
O promotor Marcelo Moreira, autor do documento, pede que a Sema faça o tombamento das árvores e declare como Área de Preservação Permanente (APP) um raio de 1 km ao redor de cada espécie. A medida visa impedir corte, derrubada ou exploração econômica.
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O promotor também orienta que a empresa T. W. Forest Ltda não derrube o Angelim Vermelho localizado em Maracá-Camaipi.
Em despacho oficial, a Sema confirmou apoio ao tombamento e à proteção das árvores gigantes. O órgão reconheceu os critérios ecológicos, culturais e legais que justificam o reconhecimento como patrimônio natural.
O parecer será avaliado pela Diretoria de Desenvolvimento Ambiental e encaminhado à secretária Taísa Mendonça para decisão final.
O projeto Árvores Gigantes é realizado em parceria com diversas instituições: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Instituto Federal do Amapá (IFAP), Universidade de Swansea (Reino Unido), Universidade do Estado do Amapá (Ueap), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor), Fundação Jari, Rurap e o próprio MP-AP.
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